ESC Silicon Valley 2012 – Dia 3
- por Sergio Prado
Hoje o dia foi tranquilo. Depois da “andança” de ontem, fiquei basicamente assistindo às palestras do ESC e do Android Summit.
Comecei o dia assistindo à palestra “Mixed-Criticality Embedded System Architectures on Android“, que apesar do nome grande, tinho foco no uso do Android em sistemas críticos, que requerem certo nível de segurança. A idéia principal da palestra era o fato de que você não consegue atingir aos requisitos de segurança usando apenas a versão padrão (vanilla) do Android.
Depois de uma apresentação do Android, seu sucesso na área de embarcados, e os desafios envolvidos, o palestrante mostrou as diversas falhas de segurança existentes no SO, e os diversos mecanismos para corrigir o problema, como encriptação, multiboot e uso de hypervisors e microkernels.
Assisti depois duas seções patrocinadas pela NXP.
A palestra “Easy Dual-Core Development and Debugging with Cortex-M4/M0” falou sobre a linha LPC4300, um dual-core Cortex-M4 e Cortex-M0 da NXP, que é uma opção interessante para separar processamento e controle. O processamento pode ser feito através de um Cortex-M4, que é basicamente um Cortex-M3 com capacidades de DSP, e o controle fica por conta do Cortex-M0. Os dois cores se comunicam via interrupção e memória compartilhada. De brinde, todos os participantes levaram o kit LPC4330-Xplorer para casa.
A segunda palestra patrocinada pela NXP foi a “Getting Started with FreeRTOS on NXP’s LPC1769 Microcontroller“, ministrada pelo próprio criador do FreeRTOS, Richard Barry. O tempo era escasso, mas o Richard conseguiu passar uma visão geral de seu RTOS, e executar algumas aplicações demo no kit LPCXpresso, um Cortex-M3 da NXP. Também fomos presenteados com um kit LPCXpresso. No fim da palestra, bati um papo rápido com o Richard, já que na ESC Brasil deste ano minha palestra será exatamente sobre o FreeRTOS.
Logo após o almoço participei de um (lotado) hands-on da Freescale usando o seu interessante Tower System:
Bem parecido com o hands-on da Micrium, só que com menos tempo disponível, o objetivo era usar o MQX (RTOS da Freescale), para aprender sobre criação de tarefas e mecanismos de sincronização.
Logo depois fui para a palestra “Optimization for Embedded System“, que falava basicamente sobre técnicas de hardware e software para otimizar sistemas embarcados por tamanho, tempo de execução, consumo de energia e custo. Achei a palestra um pouco fraca, muita teoria e blá-blá-blá, mas nada muito prático.
Fui então dar uma volta no hall de expositores, e acabei assistindo à apresentação “Geeks DIY Lab & Giveaways from Raspberry Pi“, que era basicamente uma competição entre 7 participantes pelo melhor projeto DIY (Do-it yourself). A decisão era do público. Foi bem divertido.
A última palestra que assisti foi “Advanced Compiler Optimizations for the Smallest, Fastest Code“, onde o palestrante Greg Davis, diretor da área de compiladores da Green Hills, falou sobre técnicas usadas por compiladores para otimizar o código por tamanho e por tempo de execução.
Amanhã é o último dia do evento, e provavelmente irei assistir todas palestas do Black Hat. Até lá!
Um abraço,
Sergio Prado